A Delegacia de Defesa da Mulher vai instaurar inquérito para
investigar uma grave denúncia de estupro de vulnerável envolvendo funcionários
de um hospital da cidade.
Uma técnico em enfermagem de 22 anos acusa um colega de
trabalho de tê-la estuprado sem que a vítima tivesse consciência do ato. A
violência sexual aconteceu quando ela estava embriagada.
O caso foi registrado na noite desta terça-feira, 9, mas
aconteceu na madrugada de sábado, 6.
A vítima contou que após o expediente, saiu com colegas de
trabalho para um comer em um “espetinho” onde todos consumiram bebidas
alcoólicas.
Após sair do restaurante, o grupo ainda parou em uma praça e
continuou bebendo.
A jovem relata que em determinado momento perdeu os sentidos
e só acordou no portão de entrada da sua casa, na companhia de um colega que a
levou embora.
No dia seguinte a vítima recebeu uma mensagem do também
técnico em enfermagem dizendo que ela tinha esquecido a calcinha no carro dele.
Sem entender a situação, ela pediu explicações e o colega afirmou que eles
tiveram relações sexuais, enfatizando que “fizeram de tudo”.
Não bastasse a surpresa da informação, a trabalhadora da
saúde ainda descobriu que o homem também contou para os colegas de trabalho, em
detalhes, sobre o ocorrido.
A vítima afirma que, se houve relação sexual, foi contra a
sua vontade, tendo o colega se aproveitado do seu estado de fragilidade.
Ela fez exames de sangue para detecção de possíveis doenças
sexualmente transmissíveis e recebeu requisição para ser submetida à perícia no
Instituto Médico Legal.
O crime de estupro de vulnerável não se restringe às vítimas
menores de idade, mas também alcança pessoas que, em razão do estado psíquico
alterado, não tinham condições de discernir sobre o ato sexual.