Em entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira, 21, o delegado Wander Solgon, da DIG, apresentou as razões que levaram a Polícia Civil a pedir a prisão temporária do corretor de seguros Cláudio Yuri Baptista, de 27 anos.
Sócio do advogado Thui Seba e testemunha ocular do homicídio, a equipe de investigação identificou uma série de divergências no depoimento do suspeito, que não soube informar características do assassino, tampouco o veículo utilizado por ele para fugir da cena do crime.
Interceptações telefônicas identificaram que, no dia anterior ao crime, Yuri telefonou de quatro a cinco vezes para um indivíduo conhecido como Boiadeiro, que seria matador de aluguel. Identificado como Keyssel Eduardo de Oliveira, de 39 anos, a polícia descobriu que o peão de rodeio esteve nas proximidades do endereço do crime naquele dia 19 de julho.
A informação foi crucial para pedir a prisão temporária dos dois suspeitos. O mandado foi cumprido no sábado.
Confrontado, o corretor de seguros Yuri acabou admitindo que Boiadeiro foi de fato o homem que matou o sócio. Ele nega, no entanto, que tenha sido o mandante. Afirma que intermediou o contato entre Boiadeiro e Thui Seba porque o sócio queria contratar o criminoso para cobrar uma dívida.
No momento da negociação de valores teria acontecido uma discussão sobre o valor cobrado, o que resultou na morte do advogado.
A Polícia Civil desconfia da versão e acredita que a morte esteja relacionada a divergências comerciais entre os sócios e recebimento de seguro, onde ambos eram beneficiários em caso de morte de uma das partes.
Clique no ícone do play e ouça a entrevista coletiva concedida pelo delegado Wander Solgon.