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Quarta-Feira, 31 de Maio de 2017 às 13:52

Sindicato investiga se taxistas baixaram aplicativo do Uber

Segundo denúncia, taxistas e auxiliares estariam fazendo corridas em horários de "tarifa dinâmica". Presidente do sindicato fala em 'traição'.

Duração: 03:40

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    O presidente do sindicato dos taxistas de Rio Preto, André Luis Cabelo, estará na Secretaria de Trânsito nesta quarta-feira, 31, para discutir que medidas poderão ser tomadas para punir taxitas ou auxiliares que estiverem utilizando o carro com placa vermelha a serviço do aplicativo Uber.

Segundo denúncia recebida pela CBN, eles estariam cadastrando veículos particulares no aplicativo para burlar o sistema, mas transitam com o táxi regulamentado pela Prefeitura. Para não despertar a suspeita dos passageiros, os motoristas justificam que tiveram problemas mecânicos com o carro cadastrado e pegaram o táxi emprestado para 'quebrar um galho'.

As corridas são feitas principalmente pelos chamados 'canelas', motoristas contratados  por taxistas licenciados para trabalhar a noite.

O aplicativo seria acionado especificamente em horários de tarifa dinâmica, ou seja, quando a demanda de passageiros é maior que o número de veículos Uber em operação. O valor, nestes horários de pico, costuma se assemelhar ou mesmo ultrapassar a bandeira cobrada pelos taxistas.

Segundo o denunciante, que não quis se identificar, essa foi a alternativa encontrada por motoristas para minimizar o impacto financeiro provocado pela concorrência.

Cabelo, presidente do sindicato dos taxistas, considera a atitude uma traição à categoria.

O secretário de trânsito explicou que após a suspensão da lei municipal que proibia o Uber na cidade, a Prefeitura não tem mais autonomia para multar motoristas do aplicativo. Se constatada irregularidades, as autuações serão feitas exclusivamente pela PM e Guarda Municipal, sem vínculo com o município. Sobre o uso do aplicativo Uber por taxistas, Apóstolo disse tomou conhecimento da denúncia.

É para discutir as sanções administrativas que poderão ser aplicadas face ao descumprimento da legislação municipal que acontece essa reunião.

A reportagem ouviu taxistas e canelas apontados como 'desertores', mas eles negaram ter baixado o aplicativo.

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