Dois casos graves envolvendo pacientes idosos expõem o caos
que vive a saúde pública de Rio Preto, com a falta de leitos em hospitais.
No mais grave, familiares precisaram transportar um idoso de
65 anos da UPA Jaguaré para o Hospital de Base porque quatro macas do SAMU
ficaram retidas na Santa Casa por falta de equipamentos para alojar os
pacientes.
A denúncia foi feita pela comerciante Denise Martins na
Polícia Civil. O pai dela, Antônio Carlos Martins começou a sentir sintomas da
dengue na terça-feira. Ele recebeu soro na UPA e fez o hemograma, que confirmou
o diagnóstico. No sábado o estado de saúde do idoso piorou, com nível de plaquetas em 15 mil.
Segundo o Ministério da Saúde, indivíduos normais apresentam
uma contagem entre 150.000 e 400.000 plaquetas. Na dengue grave esse número cai
para menos de 100.000; quando chega a 10.000 o caso é considerado trombocitopenia
grave.
A Secretaria Municipal de Saúde confirmou que a médica plantonista da UPA ligou para o SAMU às 19h de sábado, mas a transferência não ocorreu de imediato devido indisponibilidade de leitos na Santa e também pela necessidade de transferências dos pacientes de maior gravidade, mas informa que foi o SAMU que transportou o paciente para o HB, informação desmentida pela filha do paciente (clique no play e ouça a reportagem com entrevista).
Outro caso grave envolve o aposentado Minervino Cardoso
Leão, de 66 anos. Ele sofreu um acidente de trânsito às 13h de sexta-feira,
quebrou o braço esquerdo e aguardava há três dias, na UPA Norte, uma vaga para
cirurgia na Santa Casa.
Segundo o genro Alisson Leão, os médicos não deram nenhuma
previsão de quando o procedimento será realizado.