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Segunda-Feira, 08 de Fevereiro de 2021 às 09:05

Quadrilha usa crachá e protocolo de atendimento para "faturar" dinheiro de idosos

Vítima que perdeu R$ 56 mil fotografou o crachá e o carro, com placas de Sumaré, utilizado por uma suposta funcionária da Febraban que esteve em sua casa. Em outro caso, idosa libanesa entregou em mãos o valor do resgate de um falso sequestro.

Mesmo sendo vítima de golpe e sofrido um prejuízo R$ 56 mil, a precaução de uma aposentada pode ter oferecido à Polícia Civil pistas importantes sobre o que indica ser uma quadrilha especializada de estelionatários que está agindo na cidade.

Ela tirou foto do crachá e do veículo que a criminosa utilizou para ir até sua casa, a fim de buscar o cartão de crédito. O veículo tinha placas de Sumaré.

A vítima recebeu o telefonema de uma pessoa que se identificou como atendente do banco Caixa, que perguntou se ela reconhecia uma compra de R$ 2 mil realizada com cartão de crédito em Olímpia. Ao dizer que não, foi orientada a comparecer em uma agência para proceder o cancelamento do cartão. Porém, poucos minutos depois, a mesma mulher retornou a ligação informando a respeito de uma segunda compra, e, fazendo a aposentada acreditar que a situação era urgente, a convenceu de realizar o cancelamento por ligação, digitando no telefone a senha numérica e alfabética do cartão.

Ao perguntar para a atendente se deveria registrar um boletim de ocorrência, a vítima foi informada de que uma sindicância seria instaurada pelo banco. A golpista informou a aposentada que uma funcionária do banco iria até a sua casa buscar o cartão. Até um protocolo de atendimento foi informado para ludibriar a vítima.

Pouco tempo depois, a moradora do Parque Celeste recebeu a visita de uma suposta funcionária, com crachá da Febraban (Federação Brasileira de Bancos). Insegura, ela pediu que a filha discretamente tirasse foto da moça e do carro. A golpista percebeu a intenção e proibiu, mas o crachá dela e o veículo, um Siena preto com placas de Sumaré, foram fotografados.

Nesse domingo, ao acessar a conta, a aposentada contabilizou um prejuízo de R$ 56.756,45 entre compras, saques e empréstimos.

Na mesma modalidade criminosa, um idoso de 76 anos perdeu R$ 11.419 ao ser informado de uma compra realizada em um shopping da cidade a qual ele não reconhecia. Ele também informou a senha para a suposta atendente, o que não é procedimento do banco, e um motoboy foi buscar o cartão em sua casa, no bairro Vila Dória.

 

De frente com o crime

Acreditando que a filha, que mora no mesmo prédio que ela, tinha sido sequestrada, uma aposentada de 84 anos, libanesa, entregou mil reais em espécie e joias de família para uma criminosa como sendo o valor do suposto resgate. A golpista esperou o pagamento em frente ao prédio da vítima, no bairro Redentora.

Após entregar o montante, a idosa constatou que a filha estava em casa. Não bastasse o prejuízo, a vítima foi enganada no dia do seu aniversário. 

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