Uma ligação grampeada do
delegado e vereador Renato Pupo (PSD) para o vereador Anderson Branco (PR) acabou
na Corregedoria da Polícia Civil de Rio Preto, como ameaça e coação.
A conversa foi registrada
no último dia 15, quando Pupo ligou para o colega parlamentar para falar que tinha
informações sobre uma antiga denúncia de violência doméstica contra Branco, defensor
da bandeira da família tradicional. Adversários políticos na Casa, Branco
gravou a conversa.
“Vieram me dar uns
toques.. oh, pá, do Anderson Branco, vieram me falar de uma tal de (corte) quem
que é, você conhece?”, perguntou Pupo. “Se eu.. quem que é (corte) é a (corte).”,
respondeu Branco.“Então vieram me falar que você teve uns problemas com ela,
coisa de DDM (Delegacia da Defesa da Mulher)”, continuou Pupo.
Conteúdo que Branco considerou
como chantagem e usou para entrar com uma representação na Corregedoria contra
Pupo, que também exerce o cargo de delegado no terceiro distrito policial de
Rio Preto.
CBN procurou então o
delegado corregedor Domingos José Marcos que afirmou a reportagem que já
distribuiu a representação para apurar o caso. Sem adiantar qualquer desfecho, delegado
apenas afirmou que o papel da Corregedoria se limita a investigar desvios
relacionados ao cargo de Renato Pupo como delegado de polícia.
Em entrevista a CBN, Pupo
negou que tenha coagido Branco e afirmou que apenas tentou fazer um alerta ao
vereador. Já sobre a apuração da Corregedoria, Pupo disse que não acredita que
seja punido pelas declarações.
CBN ainda tentou falar com o presidente do Conselho de Ética da Câmara, vereador Paulo Pauléra (PP), mas o celular do parlamentar estava desligado.
Por Francela Pinheiro