A Polícia Militar informou que vai instaurar inquérito para
investigar as circunstâncias em que ocorreram a fuga de um detento, internado
no 2º andar do Hospital de Base, sob escolta de um soldado do 9º Baep.
Vinte e quatro horas após o fato, as polícias Civil e
Militar ainda não têm informações sobre o paradeiro do preso Alexandre Carlos
da Silva, de 36 anos.
Ele estava internado há dez dias, após engolir porções de maconha durante o trabalho externo, na horta do Centro de Progressão Penitenciária de Rio Preto. Quando retornava para dentro da unidade, o aparelho de scanner corporal detectou que havia objetos estranhos no estômago do reeducando, motivo pelo qual ele foi encaminhado ao hospital.
Até o momento, o preso havia expelido 22 porções de maconha.
Ao todo, quatro reeducandos do CPP foram internados no
Hospital de Base nas mesmas condições.
Segundo um boletim de ocorrência registrado por um agente
penitenciário, havia a suspeita de que cada detento teria engolido 50 porções
da droga.
Nesta segunda-feira, 15, uma enfermeira teria pedido para o
policial que fazia a escolta soltar Alexandre, que estava algemado na cama,
para que ele pudesse fazer as necessidades fisiológicas e tomar banho.
O soldado alega que algemou as mãos do detento para frente e
que permaneceu de prontidão na porta do quarto. Ele não soube explicar de que
forma o preso fugiu.
Alexandre, que registra passagens criminais por furto e
furto qualificado, foi filmado pelo circuito interno do Hospital caminhando
tranquilamente pelos corredores, sem algemas.
O soldado que fazia a escolta dele trabalhava pelo Dejem - Diária
Especial por Jornada Extraordinária de Trabalho Policial Militar – função
exercida durante o horário de folga dos agentes.
Na mesma manhã, outro reeducando, escoltado por agentes penitenciários, conseguiu sair do HB, mas foi recapturado a um quarteirão de distância.
Sobre este segundo caso, a Secretaria da Administração Penitenciária informou que trata-se de um preso do Centro de Progressão Penitenciária de Rio Preto que foi encaminhado para atendimento médico no Hospital de Base porque se queixava de dor na região inguinal, que irradiava para a região abdominal e provocava náusea. "Por volta das 13h, já no hospital, ele saiu correndo e seguiu em via pública. Imediatamente o agente que o acompanhava comunicou a direção da unidade e a polícia militar, que obteve êxito na recaptura."
Já o complexo FUNFARME informou em nota que a responsabilidade pela escolta dos presos internados na unidade é da Secretaria de Segurança Pública.