Somente na manhã de terça-feira, 13, três mães procuraram a delegacia para denunciar o desaparecimento das filhas. Os casos são de uma menina de 11 anos que matou aula para ficar com o namorado, uma adolescente de 15 anos que decidiu fugir de casa após a mãe descobrir um cigarro de maconha em seus pertences e uma jovem de 17 anos que sumiu com um rapaz que tinha acabado de conhecer em uma rave cuja entrada é proibida para menores de 18 anos.
A mãe da criança (considerada pelo ECA) de 11 anos procurou a delegacia 29 horas depois de ver a filha pela última vez. A menina, que mora na Vila Santa Cruz, seguiu para a escola às 06h da manhã de segunda-feira e até o registro do boletim de ocorrência não tinha dado notícias à família. A mãe dela esteve na escola e descobriu que a filha não entrou na instituição nem segunda, nem terça-feira. Tudo o que a família sabe é que a criança estava se relacionando com um adolescente que mora no Jardim Simões, mesmo bairro da escola onde ela estuda. Uma prima da criança divulgou uma foto no Facebook apelando por notícias, mas a postagem não teve repercussão nem entre os amigos da desaparecida.
Outro caso grave é o da adolescente de 17 anos que desapareceu com um rapaz que conheceu em uma festa rave de Olímpia. Ela mora em Bálsamo e no sábado, dia 10, foi trazida pela própria mãe a Rio Preto, na casa de um amigo de 19 anos, contratado como DJ da festa. Ele prometeu a mulher que iria se responsabilizar pela adolescente, mas disse que ela foi barrada na entrada e por isso entregou a chave de seu carro para que a menor aguardasse o fim da rave no veículo. Horas depois ela foi vista dentro da festa com um desconhecido. No fim da balada, teria ido dormir em uma chácara de Olímpia acompanhada do rapaz que havia acabado de conhecer. A garota chegou a se comunicar com a mãe por mensagens de celular, mas do sábado até a manhã de ontem não foi vista por familiares.
O último caso relata o desaparecimento de uma estudante de 15 anos, que na madrugada desta terça-feira fugiu de casa e deixou uma carta de duas folhas pedindo desculpas aos pais. A mãe dela acredita que os problemas de relacionamento com a família começou depois que descobriu que a menor estava fumando maconha.
De Rio Preto, Joseane Teixeira.
