Policiais militares mortos em serviço serão sepultados em um jazigo especial da corporação, no cemitério Jardim da Paz.
O contrato foi celebrado nesta semana entre representantes da empresa funerária e o comandante do CPI-5, coronel Fábio Rogério.
Participaram do encontro o coronel Paulo Sérgio, comandante do 17º Batalhão e a tenente Amália Paci, oficial de Comunicação Social da PM.
Segundo o diretor do Jardim da Paz, Moacyr Antunes Júnior, o espaço foi doado à corporação como forma de homenagem e agradecimento pelos serviços prestados à comunidade.
Clique no play e ouça a entrevista
Segundo relatório do Instituto Monte Castelo, publicado em abril deste ano, em 2020, pelo menos 176 policiais civis e militares foram mortos em serviço ou em decorrência da função no Brasil. No estado de São Paulo, 38 policiais militares foram assassinados.
No entanto, a violência inerente da capital ou de grandes cidades não é uma realidade em Rio Preto.
Segundo a tenente Amália Paci, o último registro de policial militar morto em serviço foi em 2010, quando o cabo Thiago Amati, de 28 anos, sofreu um grave acidente de trânsito durante perseguição a um veículo que furou o bloqueio policial.
No mesmo ano, o bombeiro Luciano Rodrigues morreu após ser arrastado por uma enchente na avenida Bady Bassitt enquanto tentava resgatar uma mulher.
Porém, a alta periculosidade da função justifica a necessidade de ter um espaço garantido aos policiais que morrerem em serviço.
"Obviamente não queremos que os policiais virem heróis desta forma, mas é importante que eles tenham essa segurança. A família nunca está preparada para uma morte repentina assim", disse.
Segundo Moaçyr, um jazigo com três gavetas já está reservado à Polícia Militar sem custo nenhum de velório ou sepultamento. Ele disse ainda que outros espaços podem ser disponibilizados se a demanda for maior.
O benefício é concedido a policiais militares que integram a área do CPI-5, além de agentes que trabalham em outras localidades, mas possuem família em Rio Preto.
O Corpo de Bombeiros também tem um jazigo próprio.
Já os animais do canil, além de serem homenageados com um memorial no Pet Paz, também são cremados e as cinzas depositadas em uma urna.