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Sexta-Feira, 12 de Fevereiro de 2021 às 19:34

Pm que matou o filho do ex-prefeito de Nipoã é ouvido e liberado

Delegado da cidade viu indícios de legítima defesa. Duas armas, dois facões e um taco de madeira foram apreendidos na ocorrência. Foto: Autor do disparo aparece de camiseta cinza, suja de terra. Crédito: Lucas Ribeiro

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O delegado de Nipoã, João Otávio Spaca de Souza, entendeu que o policial militar que matou o filho do ex-prefeito da cidade agiu em legítima defesa.

Por isso, o sargento aposentado Eduardo Francisco de Melo, conhecido como Cabo Melo, foi liberado após o registro do boletim de ocorrência.

Em interrogatório, o policial, que foi candidato a prefeito de Nipoã na última eleição, disse que transitava pela rodovia João Pedro de Rezende, a caminho do trabalho, quando teve a Parati atingida por uma Montana conduzida pelo ex-prefeito da cidade, José Lourenço Alves. A mulher dele era passageira do veículo.

Em razão da colisão, houve um desentendimento entre os homens e o filho do ex-prefeito, Jonas Pedrassa Alves, de 29 anos, foi chamado.

Ele e o pm aposentado entraram em luta corporal e o policial atirou, acertando o abdômen do rapaz.

O sargento, que estava com a roupa suja de terra, afirma que Jonas tentou tirar sua arma e disparou para se defender.

Já os familiares da vítima afirmam que cabo Melo estava ameaçando a todos com a arma e que, por isso, Jonas tentou desarmá-lo.

O rapaz, que é advogado, foi socorrido para a Santa Casa de Monte Aprazível, mas não resistiu.

Segundo o boletim de ocorrência, o ex-prefeito jurou o aposentado de morte.

Já na delegacia da cidade, cabo Melo entregou sua arma, um revólver calibre 38, mas afirmou que Jonas também guardava uma arma em sua caminhonete. A S10 foi vistoriada e a denúncia se confirmou: uma pistola calibre 380 e dois cartuchos carregados foram apreendidos, bem como um facão e um taco de madeira.

No carro do ex-prefeito foi apreendido outro facão.

Em razão das versões controversas, do aposentado ter permanecido no local, telefonado para a Polícia Militar e entregado espontaneamente a arma, o delegado Spaca entendeu que não havia elementos que ensejassem a prisão em flagrante.

Os envolvidos na ocorrência apontaram uma testemunha “neutra” que pode esclarecer a dinâmica dos fatos. A briga aconteceu em frente à propriedade dessa testemunha. Ele foi localizado pelos investigadores, mas afirmou que não tinha condições de comparecer na delegacia. Por isso, será ouvido quando for intimado.

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