Polícia Federal de Rio Preto concluiu inquéritos contra os vereadores Francisco Junior (DEM) e Jean Dornelas (PRB) por compra de votos nas eleições de 2016. Diferente de Fábio Marcondes (PR) e do ex-vereador Maurin Alves Ribeiro (PCdoB), parlamentares não foram indiciados.
Segundo o delegado que conduziu as investigações, José Eduardo Pereira de Paula, caberá agora ao Ministério Público e a Justiça Eleitoral analisar as provas recolhidas nos inquéritos para dar prosseguimento das investigações de crime de compra de votos, previsto no Artigo 299, do Código Eleitoral.
No caso de Júnior, eleito com 6.588 votos, a investigação ouviu mais de dez testemunhas. Entre elas, atletas do vôlei que confirmaram denúncia de que o vereador se reuniu com as jogadoras para pedir apoio à campanha eleitoral para uma cadeira no Legislativo.
Júnior foi apontado no inquérito também por ter feito uso do programa municipal auxílio atleta e o projeto Novo Mundo para angariar apoio político e se eleger. Material proveniente de computadores apreendidos na Câmara Municipal também foi periciado. Conteúdo está sob sigilo da Justiça.
Já sobre Dornelas, eleito com 6.759 votos, delegado afirmou que as investigações de compra de votos se basearam em partes em delações de um ex-assessor. Investigação também apurou suspeita de que Dornelas bancou churrascos para também angariar votos durante a campanha eleitoral.
Inquérito da investigação do vereador foi entregue na 267ª Zona Eleitoral. Já o material da investigação da PF contra Junior deve ser entregue nesta quinta-feira, dia 30, na 125ª Zona Eleitoral. Inquéritos que devem seguir para avaliação dos promotores eleitorais José Heitor dos Santos e André Luiz de Souza.
Reportagem vai procurar os vereadores para se posicionar sobre a conclusão dos inquéritos. Reportagem completa você confere no CBN Grandes Lagos desta quinta-feira, como também durante a programação.
Por Francela Pinheiro