Na tarde deste domingo, 21, um pedreiro de 35 anos procurou a delegacia acompanhado de seus patrões para denunciar três policiais militares por abuso de autoridade.
Ele afirmou que no sábado à tarde, por volta das 17 horas, seguia a pé para o trabalho quando avistou uma equipe com três pm's realizando abordagem a um indivíduo na rua Samy Gorayeb, bairro Solo Sagrado.
Para não atrapalhar a revista, o pedreiro disse que mudou de calçada e isso irritou os policiais que o xingaram de vários nomes e disseram que não era mesmo para o homem passar por ali.
A vítima disse que é comum a prática de violência policial no bairro Solo Sagrado, por isso, com medo de ser agredido, não respondeu. Mas como continuou sendo humilhado pelos pm's, se revoltou e perguntou o que eles sabiam de sua vida para tratá-lo daquela forma, o que foi o estopim para a agressão.
Após receber socos na costela e no ouvido, ele caminhou dois quarteirões e foi abordado novamente pelos mesmos policiais.
"Quando vi que eles estavam se aproximando, fiquei com medo e corri para dentro de uma Casa de Ração, mas os policiais correram atrás de mim e me espancaram lá dentro. Um monte de gente viu e não fez nada", contou em entrevista por telefone.
Segundo o pedreiro, os policiais estavam preocupados com as câmeras: "Eles perguntaram na loja se tinha algum equipamento filmando"
A vítima não conseguiu identificar os três envolvidos pelo nome, porque eles tiraram a tarjeta de identificação da farda, mas afirmou que tem condições de reconhecer os policiais e vai nesta segunda-feira,22, denunciar a agressão na Corregedoria da Polícia Militar.
"Estou sentindo muita dor na costela e no ouvido. Passei na UPA Norte e precisei receber duas injeções"
O bairro Solo Sagrado pertence a 1ª Cia cujo oficial responsável é o Capitão Costa Júnior.
Ele foi procurado na noite deste domingo, mas disse que não estava ciente do assunto e portanto não tinha condições de falar sobre o caso.
A reportagem encaminhou a denúncia para a Ouvidoria da Polícia e para a Secretaria de Segurança Pública e aguarda resposta sobre a investigação desse episódio.
O pedreiro não tem antecedentes criminais.
De Rio Preto, Joseane Teixeira.
