O Dia do Trabalhador é
uma data celebrada anualmente no dia 1 de maio, em quase todos os países do
mundo, sendo feriado em muitos deles, incluindo o Brasil. No mesmo dia no ano
1886, uma greve foi iniciada em Chicago, nos EUA, e teve o objetivo de
conquistar condições melhores de trabalho, principalmente a redução da jornada
diária, que chegava a 17 horas. Após o movimento, trabalhadores de vários
países começaram a reivindicar direitos.
Em 2020, a data reflete
uma outra realidade relacionada à classe. Trabalhadores estão sendo afetados
diretamente com a pandemia de coronavírus e muitos estão sem poder exercer as
funções para evitar avanço da Covid-19.
De outro lado, estão
aqueles que por atuarem em serviços considerados essenciais à vida não puderam
parar. A médica recém-formada, Sarah Nadim, que está diariamente dentro da
rotina hospitalar, conta que além de todos os procedimentos de higiene que está
seguindo, a distância dos familiares tem sido outra determinação. Ela, que logo no
primeiro ano trabalhando na área já enfrenta uma pandemia, diz que a chegada do
coronavírus fez com que ela enxergasse de um jeito mais importante a profissão
que escolheu.
O frentista Israel
Marques Ribeiro também não deixou de trabalhar porque postos de combustíveis
também entram na lista de serviços essenciais. Ele diz que a principal
dificuldade tem sido manter o contato com o cliente sem correr o risco do
contágio.
Outra profissão essencial
à vida é o serviço de segurança pública. O guarda civil municipal, Roger Assis,
conta que tem sido um desafio atuar como GCM nesta pandemia, pois a função pede
para que além da própria saúde, cuide da sociedade. Para ele, a principal
dificuldade da Guarda tem sido estabelecer a ordem sobre o decreto de
isolamento. Muitas pessoas ainda desrespeitam as determinações.
Trabalhadores de serviços
como transporte público e de entregas, por exemplo,
considerados essenciais continuam ou até redobraram a demanda na pandemia. Mas,
o desafio da classe trabalhista é conseguir se manter ou até mesmo se reerguer
após a crise.