O Ministério Público afirmou que recebeu e está analisando denúncias contra o vereador Anderson Branco (PL), acusado de cometer homofobia e racismo. Segundo a Secretaria Executiva Criminal de Rio Preto, as representações apresentadas ao órgão contra o parlamentar foram distribuídas e estão sob análise do 7º promotor, Rodolfo Strazzi Arcângelo Pereira. Após analisar as acusações, o MP vai decidir se denuncia criminalmente o vereador pelas condutas.
O parlamentar compartilhou nesta semana uma imagem nas redes sociais onde havia uma mão, que representaria a mão de deus, protegendo a família tradicional da comunidade LGBTQIA+. A comunidade está representada por um braço negro que carrega as cores da bandeira LGBTQUIA. (clique aqui para saber mais)
A imagem foi publicada com a legenda: “Nossas famílias estão nas mãos de Deus. Nossos filhos são heranças do Senhor”. Anderson Branco integra o Conselho de Ética e é presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara de Rio Preto.
Um dos pedidos protocolados ao MP foi da OAB Rio Preto, que entendeu que a postagem representa crime de ódio. Segundo o coordenador da Comissão de Diversidade Sexual e autor da representação, Éder Serafim, o vereador utilizou ataques às famílias LGBITQIA+ como se esse formato de família fosse nocivo à sociedade, incitando violência e ódio contra famílias homotransafetivas.
A publicação de Branco repercutiu negativamente entre partidos políticos e sociedade em geral. Após a polêmica e diversas pressões, o vereador publicou uma nota se desculpando. Em um dos trechos, Branco diz: “Com relação a postagem da imagem não quis fazer qualquer alusão sobre raça, cor ou orientação sexual, mas sim sobre a proteção da família e das crianças em detrimento do mal. Não há qualquer conotação das cores com a mensagem que gostaria de passar, pois a imagem foi aproveitada de uma publicação feita por terceiro na rede social. Não obstante, retrato-me em face da interpretação dúbia externada em minha postagem e externo minhas mais sinceras desculpas a toda a Comunidade LGBTQIA+, em suas mais variadas e válidas formas de composição familiar, ressaltando o meu respeito à sua existência e dignidade sob o pálio do Estado Democrático de Direito. Levarei este acontecimento como experiência e oportunidade de reflexão para que circunstâncias dessa natureza não se repitam no futuro”.
Confira a nota completa clicando aqui.
Após três dias no ar, a publicação foi deletada por Anderson Branco nesta quinta-feira (22).