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Sábado, 14 de Outubro de 2017 às 17:19

Mãe descobre assassinato do filho pelo Facebook

Dois dias após a morte de Claudijânio Alves dos Santos, dona Maria Torres, que mora em Campinas, está vindo para Rio Preto reconhecer o corpo.

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Publicado às 17:20 deste sábado, 14.


Está a caminho de Rio Preto a mãe do homem queimado em um colchão no feriado de quinta-feira, 12.

Maria Aparecida Torres soube da morte cruel do filho Claudijânio Alves dos Santos, de 33 anos, através das redes sociais. Ainda incrédula, ela telefonou no Instituto Médico Legal de Rio Preto para confirmar a informação.

Na noite desta sexta-feira, ao telefonar no IML e descobrir que o corpo permanecia no local, a reportagem da CBN buscou no Facebook moradores da pequena cidade de Santana do Ipanema, estado do Alagoas, que é a cidade natal de Claudijânio.

Um dos resultados da pesquisa foi o padre José Neto França, a quem a reportagem pediu ajuda para divulgar a informação sobre a morte. França publicou a foto do homem em seu perfil pedindo que os amigos internautas ajudassem a encontrar os familiares do homem. A postagem recebeu 135 curtidas e 209 compartilhamentos. Poucas horas depois, a informação chegou a um primo da vítima, que ainda mora na cidade. No início da manhã deste sábado ele telefonou para Ana Cláudia Alves, uma das irmãs de Claudijânio. 

"Ele perguntou se eu tinha visto a postagem do padre e eu disse que não, então me deu a notícia. Num primeiro momento meu mundo caiu, depois tive que ser forte pra dar a notícia pra minha mãe", contou Ana.

Ao saber do ocorrido, dona Maria quis ver a postagem no Facebook para confirmar se o padre falava mesmo do filho dela. Desesperada ao reconhecer o filho, ela perguntou se alguém tinha o telefone da pessoa de Rio Preto que procurou o padre.

À CBN, dona Maria disse que há muito tempo não tinha notícia do filho, mas sabia que ele estava residindo em Rio Preto e recebia ajuda de um padre.

Sem condições financeiras para realizar o translado do corpo até Campinas, que ficou orçado em R$ 3 mil, ela vai verificar a possibilidade de realizar o sepultamento em Rio Preto mesmo.

"Estou muito triste por saber que meu filho foi morto de forma tão cruel, mas contente por ter o direito de velar o corpo dele", disse por telefone.

Apenas cinco pessoas vão participar do velório: a mãe, dois irmãos, um sobrinho e o amigo da família.

Claudijânio era divorciado. Ele deixa um filho de nove anos, a mãe e quatro irmãos.


Entenda o caso:

Na manhã de quinta-feira, 12, Claudijânio Alves foi espancado, amarrado a um colchão e incendiado dentro da casa onde morava, no bairro Vila Angélica, em Rio Preto. O imóvel também pegou fogo.

Ele foi socorrido por vizinhos e levado com vida para o Hospital de Base, mas morreu no final da noite.

A Polícia Civil ainda não sabe quantas pessoas participaram do crime e qual a motivação do assassinato.

A vítima registrava passagem por furto qualificado.


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