Com um trabalho voltado à reabilitação física e emocional de pacientes, o Instituto Lucy Montoro celebrou 10 anos de existência em Rio Preto com um evento que debateu a inclusão, desafios e superação de deficientes físicos. Além do aniversário da instituição, neste mês de setembro também se comemora o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência.
O evento aconteceu nesta terça na quadra poliesportiva da Famerp e teve várias atividades. Os pacientes do Lucy jogaram basquete contra os atletas profissionais do CAD (Clube Amigos dos Deficientes). Teve também jogo de Bocha adaptada e Tênis de Mesa.
Além do esporte, quem esteve na quadra se encantou com as habilidades do paciente Renan Olímpio, que teve seu braço amputado por um acidente de trânsito, foi reabilitado, ganhou uma prótese adaptada e tocou guitarra para todos.
“Eu já tocava desde os 14 anos de idade. Depois do acidente eu tive que reaprender a tocar guitarra, mas não mais como destro, mas sim como canhoto. A professora de música do Lucy Soraya Mubarak foi meu incentivo para que eu conseguisse voltar a tocar. É essencial para a sociedade ter um lugar como o Lucy Montoro, porque a pessoa que perde um membro, precisa ser inserida novamente na sociedade, ter respeito, saber que ela pode ser um indivíduo como qualquer outro, saber que ela tem o seu lugar”, afirmou Renan.
O evento também contou com a participação especial do Jatobá (Paulo César dos Santos), membro da seleção brasileira de basquete sobre rodas desde 1992. O atleta ressaltou a importância do Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência.
“Fico muito feliz de poder estar aqui vendo essas crianças novas podendo, através do esporte, ter essa oportunidade como eu tive anos atrás. Hoje é um dia que foi feito para que a sociedade pudesse nos enxergar não somente pela deficiência, mas pela pessoa que somos, capazes de construir, de levar uma vida normal e livre de preconceitos. Hoje a gente vê os pais orgulhosos de andarem com os filhos normalmente perante a sociedade e acredito que esse seja o caminho. Que eles continuem dessa mesma forma, dando oportunidade para seus filhos através do esporte ou do estudo e que eles possam ser cada vez mais bem inseridos na sociedade”, reforçou Jatobá.
Para a diretora do Lucy Montoro de Rio Preto, Dra. Regina Chueire, a sensação com os 10 anos de atuação na instituição é de dever cumprido. “Nesses 10 anos a gente conseguiu reabilitar e devolver cidadãos para toda a região de Rio Preto em plena capacidade. A rede Lucy teve de se reinventar com a chegada da pandemia. Nós nos adaptamos e continuamos com o tratamento por meio do teleatendimento, assim como nos grandes centros de reabilitação de países desenvolvidos”, disse Dra. Regina.
O instituto de reabilitação Lucy Montoro conta com 65 profissionais em equipe multidisciplinar que conta com: médico fisiatra, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, psicólogos, enfermeiros, assistentes sociais, nutricionistas, além de técnicos ortésicos que fazem ou adaptam os equipamentos utilizados pelos pacientes. Nesses 10 anos de atuação o Lucy realizou 450 mil atendimentos nos mais de 13 mil pacientes foram triados pela instituição.