Foto: Divulgação
Era para ser mais um
trajeto tranquilo ao trabalho, como acontecia diariamente. Mas no dia 8 de
fevereiro desse ano, Simone Guedes da Silva, de 45 anos, foi vítima de um acidente
grave que mudou para sempre a vida dela. Conduzindo uma motocicleta pela rua
Noé Gonçalves de Souza, em Rio Preto, Simone foi atingida por um veículo em alta
velocidade que teria desrespeitado a sinalização. Com o impacto, acabou tendo
de amputar a perna esquerda.
Impossibilitada de trabalhar e ainda com o psicológico abalado, Simone atribui o acidente à imprudência do motorista envolvido e ainda questiona atitudes de condutores no trânsito que podem ceifar vidas. "Para que que existe farol vermelho se a pessoa não para? As pessoas não respeitam. As pessoas não sabem o quanto é difícil perder um membro ".
Simone acabou se
salvando. Mas, infelizmente, muitas pessoas ainda morrem no trânsito. Os dados
mais recentes da plataforma Infosiga, do governo de SP, apontam que a pandemia
da Covid-19 influenciou nas estatísticas. Houve redução de 68% entre os anos de
2019 e 2020, que registraram, respectivamente, 74 e 23 mortes no trânsito. Mas,
apesar da redução, os acidentes continuam acontecendo. Nos três primeiros meses
de 2021, foram seis pessoas vítimas em Rio Preto, sendo que 5 eram ocupantes de
motocicletas. A maioria das vítimas dos três anos citados também conduzia moto.
A imprudência dos motoristas tem sido fator determinante para os acidentes fatais. Trinta e três por cento foram registrados nas rodovias esse ano. O inspetor da Polícia Rodoviária Federal de Rio Preto, Flávio Catarucci, diz que é importante um olhar mais atento às rodovias porque os veículos estão em alta velocidade e a gravidade tende a ser maior do que dentro da cidade.
"Quando você associa velocidade maior à uma via, tende a ser maior a gravidade. Quando você trafega em uma rodovia de trânsito rápido, como a BR-153, e se acidenta é diferente do que dentro da cidade".
Ao analisar a dinâmica da maioria dos casos, o instrutor de trânsito do Sest/Senat de Rio Preto, Mário Almeida, diz que se os motoristas tivessem mais consciência e responsabilidade, praticamente não haveria acidentes.
"Se a gente observar e respeitar a sinalização viária, que tem como papel disciplinar, ordenar e advertir, com certeza teríamos um número muito menor de acidentes que temos hoje".
Neste mês é realizado, em
todo o mundo, o movimento Maio Amarelo, que chega na sétima edição. O intuito
das autoridades de trânsito é fazer com que os motoristas, pedestres e
ciclistas conheçam e respeitam as leis para evitar acidentes.