Após a repercussão da reportagem sobre a queda de duas
pedestres nas novas calçadas de corredores de ônibus, um ouvinte procurou a CBN
para dizer que a mãe dele, de 63 anos, também se acidentou nas mesmas
circunstâncias. Só que o caso da aposentada Alcídia dos Santos Pedroso é ainda
mais grave, porque não bastasse ter quebrado o fêmur, ela aguarda desde
segunda-feira, 08, uma vaga na sala de cirurgia da Santa Casa.
Segundo o filho, Egberto Pedroso, o acidente aconteceu na tarde
de segunda-feira, na avenida Fortunato Ernesto Vetorasso.
"Ela estava caminhando até o ponto de ônibus quando tropeçou em um desnível da calçada. O acidente foi naquela calçada nova, com piso tátil para deficiente visual", contou Egberto
A idosa foi socorrida para a UPA Jaguaré, onde foi confirmada a fratura em exame de Raio-X. Após dois dias de internação, a aposentada foi levada para a Santa Casa, mas
ainda não passou por cirurgia.
Egberto esteve no local do acidente e confirmou que o local está perigoso para pedestres, especialmente idosos.
A Prefeitura diz que a responsabilidade pela segurança das
novas calçadas é da Constroeste, que deve reparar as falhas no piso sem custo
adicional para o município.
Já a empreiteira respondeu que vai cumprir com suas
obrigações contratuais, mas não respondeu se fiscaliza o trabalho realizado por
seus funcionários.
Com o caso da dona Alcídia, sobe para três o número de pedestres vítimas do desnivelamento das calçadas recém reformadas ao custo de 9 milhões e 200 mil reais.
A primeira foi a cuidadora de idosos Marta Lemos, de 66 anos, que lesionou um joelho e perdeu um dente após cair de rosto na calçada da rua Saldanha Marinho, esquina com a rua General Glicério.
A aposentada Alcídia foi a segunda, mas os familiares ainda não registraram boletim de ocorrência.
A terceira vítima foi a vendedora Célia Foloni, de 53 anos, que chegou a desmaiar após tropeçar e bater a cabeça em uma calçada da avenida Bady Bassitt no dia 09 de julho. Ela fraturou o nariz.