imagem

Quinta-Feira, 02 de Abril de 2020 às 11:06

Homem mente sobre suicídio de jovem namorada e vira alvo da DEIC

Ao invés de pedir socorro, comerciante se preocupou em contratar advogado e só comunicou a morte para as autoridades três horas depois.

A Polícia Civil investiga como suspeita a morte de uma jovem de 22 anos em uma chácara do distrito de Talhado.

Isso porque o companheiro dela, 27 anos mais velho,  apresentou duas versões diferentes para um suposto suicídio e só comunicou as autoridades cerca de três horas depois da morte de Antônia Átila Gomes de Oliveira, mas não sem antes telefonar para uma ex-namorada e providenciar um advogado.

O caso aconteceu na noite desta quarta-feira, 01.

Por volta das 18h a Central de Flagrantes foi comunicada sobre a morte de uma jovem, que teria atirado contra a própria cabeça.

No endereço, o delegado Marcelo Parra conversou com o companheiro dela, um comerciante de 49 anos que, acompanhado de um advogado, repetiu o que já tinha dito para policiais militatres: que convivia em união estável com Antônia há dois anos e que nesta quarta, ao chegar em casa por volta das 15h, a encontrou morta na varanda.

Durante os trabalhos periciais, que contou com a participação da Delegacia de Homicídios da DEIC,  o homem foi novamente questionado e mudou a versão, dizendo que Antônia teria se matado na sua frente com um tiro na cabeça. A arma utilizada, um revólver calibre 38, pertence ao comerciante.

Ele disse que se desesperou e tirou as munições da arma, sendo que depois recarregou novamente o tambor e colocou a arma do lado do corpo.

Ao invés de telefonar para o socorro, o comerciante cobriu o corpo de Antônia e foi até a casa de uma ex-namorada, onde deixou o carro e dois celulares, o dele e o da vítima. E pediu que a mulher o levasse de moto ao encontro de um advogado.

Ele disse que demorou para avisar a polícia porque estava desesperado e porque o defensor se negou a representá-lo antes que o homem pagasse os honorários.

A arma e os dois celulares foram apreendidos e o carro, uma Pajero, foi periciada na casa da ex-namorada.

O comerciante foi preso em 2006, em Operação desencadeada pelo GAECO, apontado como chefe de um esquema de falsificação de diplomas.

Até as 11h desta quinta-feira, nenhum familiar de Antônia compareceu no Instituto Médico Legal para proceder as formalidades de retirada do corpo. A jovem é natural de Água Azul do Norte, no estado do Pará.

imagem