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Terça-Feira, 12 de Setembro de 2017 às 11:53

Gestante com perna amputada é atendida do lado de fora da Santa Casa

Local onde é realizada a coleta de sangue só pode ser acessado por escada. Nathália Reis disse que antes de ser atendida no estacionamento, enfermeira avisou que iria fumar um cigarro. Fotos: Arquivo pessoal

Duração: 02:15

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    Sem rampa de acesso na Santa Casa de Rio Preto, uma jovem deficiente física foi atendida por uma enfermeira do lado de fora do hospital nesta segunda-feira, 11.

A paciente é Natália Reis, de 19 anos, que está grávida de 27 semanas e tem só a perna direita.

Na manhã de ontem, com encaminhamento da UBS do Solo Sagrado, ela esteve na Santa Casa para coletar sangue e urina para o exame de curva glicêmica, que é procedimento obrigatório durante o pré-natal. 

A primeira dificuldade foi encontrar uma cadeira de rodas para se deslocar ao setor de coleta de urina.

O segundo problema foi o acesso ao setor em que é realizada a coleta de sangue, que só é possível por escada. Nathália, que estava em jejum há mais de oito horas, foi atendida no estacionamento do hospital  por uma enfermeira que, segundo a paciente, pediu licença para fumar um cigarro.

A Santa Casa, por meio de sua assessoria de imprensa, admitiu que o setor de coleta de sangue não possui acessibilidade para deficientes. Trata-se de uma clínica terceirizada que trabalha em um espaço cedido pelo hospital. Com verba recebida recentemente, a administração da Santa Casa pretende inaugurar, nos próximos meses, um local adequado para a realização dos exames de sangue.

Sobre a falta de cadeira de rodas mencionada na reportagem, a Santa Casa informou que dispõe de cadeiras de rodas em todos os setores do hospital, mas que em virtude da grande demanda de pacientes, estavam todas ocupadas.

No que diz respeito à enfermeira que atendeu Nathália, informou que ela não é fumante.

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