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Segunda-Feira, 31 de Agosto de 2020 às 17:48

Fórum retoma júris populares nesta terça

Em virtude da pandemia, os julgamentos terão acesso restrito somente aos participantes

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O Fórum de Rio Preto retoma nesta terça-feira, dia 1º de setembro, as sessões do Tribunal do Júri, paralisadas desde o início da pandemia do coronavírus.

Os oito julgamentos de crimes dolosos contra a vida agendados para este mês serão realizados com atenção às medidas de segurança determinadas pelas autoridades de saúde. A principal delas é a proibição de público nas cadeiras do plenário, que deverão ser ocupadas pelos sete jurados sorteados para compor o conselho de sentença. Antes de entrar no prédio, todos os participantes terão a temperatura aferida e deverão higienizar as mãos com álcool em gel, além da obrigatoriedade do uso de máscaras. 

O primeiro júri popular do mês é um dos casos de maior repercussão pela imprensa. Quem senta no banco dos réus é o desempregado Jonathan Alef Lopes de Ávila, de 26 anos, que em fevereiro de 2018 matou a tiros o agente de viagem Sebastião Carlos da Silva, de 36 anos. À época, a vítima vendeu pacotes de turismo para Ubatuba no Carnaval e não cumpriu o contrato. Pelo menos 13 pessoas registraram boletim de ocorrência por estelionato após aguardarem o ônibus no local combinado e descobrirem que foram lesadas.

Jonathan exigiu o ressarcimento do valor e, diante da negativa do agente, foi até a casa da vítima no bairro João Paulo II e efetuou dois disparos. Ele foi denunciado por homicídio duplamente qualificado por motivação fútil e recurso que impediu a defesa da vítima.

Outro caso relevante será julgado no dia 24 e refere-se a um confronto policial ocorrido em abril de 2017. Os réus Erli Pinheiro, de 44 anos, e Édipo Fernando Iani dos Santos, de 32, foram denunciados por tentativa de homicídio com motivação torpe contra os policiais Flávio Félix e Luiz Adriano Bini. No dia dos fatos, eles transitavam em um Gol pela avenida Philadelpho Gouveia Neto quando o motorista Édipo recebeu ordem de parada dos PMS, que estavam de moto. Sem carteira de habilitação, ele decidiu acelerar, dando início a uma perseguição.

Segundo informações do processo, durante a fuga em alta velocidade, o motorista tentou derrubar os policiais da moto e bateu em um carro de passeio. A fuga durou até o bairro estância Santa Catarina onde a dupla morava. Os policiais afirmam que Erli saiu do carro atirando e foi alvejado com quatro tiros no revide. Com ele foi apreendido um revólver calibre 38. Quanto à Édipo, a Justiça entendeu que deu cobertura ao amigo no ataque contra os PMS.

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