Dois ex-prefeitos da região de São José do Rio Preto foram presos pela Polícia Federal na operação Cajado, deflagrada nesta terç-feira. Odair Vazarin do PSD, que foi prefeito de Guarani D'Oeste e José Carlos Massoni, ex-prefeito de Turmalina, foram encontrados em casa.
A PF investiga fraudes e desvios de recursos públicos. Dois mandados de busca e apreensão também foram cumpridos.
Segundo as investigações, o ex-prefeito de Guarani D'Oeste foi responsável por uma série de fraudes e ilegalidades no período em que esteve a frente da Prefeitura. Estimativas iniciais apontam para prejuízos que ultrapassam a casa dos R$4 mi, entre desvios e dívidas contraídas.
Em um dos contratos suspeitos, uma empresa jurídica do Espirito Santo recebeu mais de R$130 mil por serviços que não foram prestados e ainda ocasionaram multas e juros milionários ao município.
Parte destes valores pagos a esta empresa foram recebidos pelo ex-preito de Turmalina, José Carlos Massoni.
A PF também apurou que o ex-prefeito de Guarany D'Oeste realizou pagamentos suspeitos de verbas trabalhistas com recursos da repatriação do governo federal a assessores dele, no ultimo dia de mandato. Mais de 120 mil reais foram pagos em indenização de férias e licenças premio.
Um assessor jurídico recebeu mais de 70 mil. A PF identificou também viagem internacional do servidor a Europa que não constava na pasta funcional.
Dívidas com o consorcio intermunicipal de saúde e a Santa Casa de Fernandópolis não foram pagas integralmente, o que inviabilizou temporariamente o atendimento aos usuários do sus do município.
O ex-prefeito Odair Vazarin também é acusado de nepotismo. Após o casamento, a mulher dele permaneceu como servidora comissionada e recebia benefícios trabalhistas.
A polícia ainda vai apurar uma suspeita de fraude em um concurso público que aprovou vários servidores que eram comissionados.
Em um dos casos, pai e dois filhos foram aprovados nas primeiras colocações no mesmo concurso.
Os presos foram levados a sede da Polícia Federal em Jales e posteriormente encaminhados a presídios da região.
A prisão é temporária, válida por cinco dias. Ambos permanecerão a disposição da
Justiça Federal.