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Segunda-Feira, 23 de Agosto de 2021 às 16:00

Estudo mostra circulação da variante delta na região de Rio Preto

Pesquisa foi realizada pela Rede Corona-ÔmicaBR-MCTI, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, por meio do Laboratório de Pesquisa em Virologia da Famerp. Identificação acende alerta.

Duração: 03:42

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Um estudo realizado pela Rede Corona-ÔmicaBR-MCTI, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, por meio do Laboratório de Pesquisa em Virologia da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto, identificou quatro amostras da variante delta na região. 

A pesquisa contou com a participação do Instituto de Biotecnologiada UNESP Botucatu, o Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas da UNESP de Rio Preto e a Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos da USP Pirassununga. O estudo realizou o sequenciamento de amostras positivas para SARS-CoV-2 de pacientes provenientes de cidades pertencentes ao Departamento Regional de Saúde de São José do Rio Preto – DRS XV.

No período correspondente 1º de julho a 11 de agosto de 2021 foi sequenciado genomas de 16 cidades da DRS XV: Bady Bassitt, Bálsamo, Catanduva, Cedral, Guapiaçu, Macaubal, Mirassol, Neves Paulista, Nova Aliança, Palestina, Tanabi, Uchoa, Urupês, Valentim Gentil, Votuporanga e São José do Rio Preto. No total, foram gerados 184 genomas completos, os quais foram classificados em seis linhagens. A variante P.1 (Gamma), ou 'variante de Manaus' apresentou maior prevalência entre os genomas sequenciados, 80,4%, seguida da linhagem P.1.7, 15,8%. 

No mês de julho, em menor frequência, foram detectadas a variante de preocupação (VOC) Alpha com 0.54% de prevalência e a variante P.4, com 0,54%, a qual emergiu recentemente no interior do estado de São Paulo e possui a mutação L452R na proteína S, que tem grande impacto biológico e está presente na variante de preocupação Delta.

Em amostras do mês de agosto, além das variantes P.1 e P.1.7, foram identificadas a linhagem P.1.2 (n= 1, 0,54%) e quatro genomas classificados como B.1.617.2 (2,1%), ou seja, a variante delta. 

Pode-se destacar a introdução e primeira detecção da Delta B.1.617.2, em Rio Preto. Além disso, é notável a dominância da variante de Manaus no município e nas demais cidades pertencentes a DRS XV, bem como de sua linhagem descendente P.1.7, a qual foi detectada pela primeira vez na região em junho de 2021 e apresentou um aumento em frequência a partir de julho de 2021. 

Segundo o estudo, esses dados ressaltam a importância da constante vigilância das variantes circulantes, bem como o monitoramento da prevalência da variante Delta recentemente introduzida na região. Dessa forma, medidas eficazes para o controle e enfrentamento da pandemia podem ser tomadas, a fim de prevenir a disseminação do vírus e um aumento em número de casos. O estudo não mostra em quais municípios além de Rio Preto a delta foi identificada. 

Por meio de nota, a Secretaria de Saúde de Rio Preto disse:

"A Secretaria Municipal de Saúde informa que recebeu o relatório da FAMERP/Rede Corona-ÔmicaBR-MCTI, que mostra a predominância da variante P1 e recente introdução da variante Delta. Esclarece que com a média móvel de 79 casos/dias e três mortes/dia, com tendência de queda dos casos leves neste momento, reforça a recomendação para que todas as medidas sanitárias sejam seguidas corretamente por todos. A  Vigilância Epidemiológica está atenta para qualquer alteração no perfil dos índices atuais e se necessário recomendará novas medidas de contenção ao Comitê Gestor. Ressaltamos ainda que estão sendo desabilitadas algumas unidades Covid, dentro do planejamento de retomada das atividades normais da saúde, mas todas permanecem equipadas para reativar o atendimento Covid, em caso de necessidade".


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