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Foram entrevistados neste conteúdo:
Mariana Coltro - enfermeira supervisora do Hemocentro
Fernando Bruetto - cardiologista do Hospital de Base
Rosemay Longhini - doadora de sangue há 10 anos
No ano passado, 200 bolsas de sangue foram descartadas pelo
Hemocentro de Rio Preto por excesso de gordura – chamado Lipemia.
Nos dois primeiros meses deste ano, 27 doações foram
totalmente inutilizadas pelo mesmo motivo.
Segundo Mariana Coltro, enfermeira supervisora do
Hemocentro, a alimentação inadequada está diretamente ligada ao índice de
gordura no sangue.
É por esse motivo que o hemocentro não abre mais depois do
almoço.
O cardiologista Fernando Bruetto explica que a principal causa do acúmulo de gordura no sangue é o descontrole do triglicérides, que pode ser regulado com dieta balanceada e exercícios físicos, mas fatores genéticos também influenciam a produção desenfreada de gordura.
É o caso da servidora pública Rosemary Longhini.
Com tipagem 'O negativo', ela é doadora de sangue há dez anos, entretanto já foi barrada na triagem por ter comido um pedaço pequeno de carne de porco antes de sair de casa.
No ano passado, o Hemocentro coletou
26.924 bolsas de sangue, apesar de expressivo, o número é menor que 2017, que
registrou 1598 doações a mais. Em 2017, o número de doações jogadas no lixo por excesso de gordura também foi maior: 290.
Graças à triagem realizada pelo
Hemocentro, a quantidade de bolsas de sangue descartadas representa 1% do total doado.
Entretanto, considerando que o
Hospital de Base atende anualmente 86 mil casos de emergência, cada bolsa representa uma garantia a mais de sobrevivência para quem luta pela vida.