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Terça-Feira, 25 de Agosto de 2020 às 13:34

"É o caso mais grave entre crimes sexuais da história de Rio Preto", diz delegado

Delegado Wander Solgon conclui inquérito que indiciou ex-detento, José Antônio de Miranda. Ele é apontado como autor de 17 estupros, três deles resultaram em morte. Foto: Arquivo Pessoal.

Duração: 03:34

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Dezessete mulheres. Essa é a quantidade de vítimas do soldador José Antônio de Miranda, de 47 anos. De acordo com a Polícia Civil de São José do Rio Preto, ele violentou sexualmente todas as vítimas, assassinou três e tentou matar as outras nove. Os crimes foram cometidos em um intervalo de dois anos, entre 2018 e 2020. Após concluir as investigações, policiais da DEIC acreditam que o homem seja o maior estuprador em série já visto na região. 

Ele está preso preventivamente desde junho, após a polícia relacionar o criminoso a acusações de estupros e tentativas de homicídio. As vítimas têm de 17 a 64 anos. Em muitos casos ele também roubava as vítimas. O estuprador cometeu oito crimes em Rio Preto; três na cidade de Guapiaçu, quatro em Monte Aprazível, um em Cedral e o outro em Uchoa, onde, inclusive, tentou enterrar a vítima viva após tê-la estuprado. A violência sempre ocorria em áreas de canavial, terrenos baldios e, segundo a polícia era premeditada. 

Uma das três mulheres mortas é Adriana Melo, de 29 anos. O corpo foi encontrado em avançado estado de decomposição em um terreno na Vila Toninho em Rio Preto, em outubro do ano passado; o único feminicídio que o homem confessa. As outras duas que foram estupradas e mortas pelo soldador foram Sebastiana de Fátima de Souza 55 anos, em janeiro de 2019 e Maísa Jesus Santos, de 26, em abril deste ano. 

O criminoso agia sozinho e normalmente utilizava o próprio carro para transportar as mulheres, que eram abandonas no local do crime, com ou sem vida. Segundo o delegado, todas as vítimas viviam em situação de vulnerabilidade. 

O que também chama atenção é que, de acordo com a polícia, o estuprador é casado e a mulher afirma que nunca ter sido vítima de violência. José Antônio de Miranda ficou preso por 20 anos, entre 1997 e 2017, justamente pelos crimes de estupro e homicídio. Por conta da tranquilidade e frieza que demonstra, o delegado vê indícios de psicopatia. 

Ele deve responder por estupro, homicídio e roubo, podendo ficar preso por até 40 anos, que é o máximo permitido pela Lei de Execuções Penais. O homem está preso preventivamente no Centro de Detenção Provisória da cidade de Lucélia.


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