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Terça-Feira, 22 de Agosto de 2017 às 12:39

Diretor do Procon ataca vereadores e imprensa durante interrogatório

Ésio Pereira Filho foi ouvido nesta terça-feira, 22, pela Comissão dos Direitos da Mulher, sobre o escândalo sexual na sede do Procon, em fevereiro, deste ano. (Foto: Francela Pinheiro)

Duração: 04:41

Durante depoimento à Comissão Permanente dos Direitos das Mulheres, o diretor do Procon de Rio Preto, Esio Pereira Filho atacou os vereadores Marco Rillo (PT) e Renato Pupo (PSD), como também criticou a imprensa sobre os desdobramentos do escândalo sexual na sede do órgão municipal, denunciado por uma aspirante à estagiária, em fevereiro deste ano.

Segundo Esio, Rillo usou do "artifício" de atacar outras pessoas para tirar o foco das denúncias de propinas da Odebrecht relacionadas ao filho do petista, deputado estadual João Paulo Rillo. Para o diretor do Procon, Rillo "deveria representar seus eleitores" com propostas e melhorias para a cidade.

Diretor do Procon também criticou Pupo e afirmou que o vereador usou de "maldade" para fazer "POLÍTICA" em cima do caso. Esio ainda mencionou um boletim de ocorrência, levado ao plenário por Paulo Pauléra (PP), em que Pupo é apontado. Segundo o diretor, a Corregedoria deveria investigar o vereador. 

Por outro lado, Rillo criticou Ésio ao afirmar que ele tem "culpa no cartório" pelo caso denunciado à Polícia Civil e à Secretaria de Administração. Já Pupo, fez uma série de perguntas ao diretor e afirmou que por ele o caso está encerrado. 

O Caso

Em fevereiro deste ano, uma estudante de direito procurou a Prefeitura e a Polícia Civil para denunciar crime de assédio sexual na sede do Procon. Segundo a garota, ela foi até o local para entregar um currículo. De lá, ela, o diretor Ésio Pereira Filho e o ex-coordenador Welinton Regiane teriam ido a um bar. Na volta, já depois do expediente, a estudante afirmou que teria sido coagida por Welinton para fazer sexo oral.

O caso foi parar na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) e na Secretaria de Administração. Welinton foi exonerado e Esio foi advertido. Desde então, vereadores como Rillo e Pupo pediam a convocação de Esio na Câmara Municipal. Cinco meses depois, o diretor foi interrogado pela Comissão dos Direitos da Mulher, formada por Márcia Caldas (PPS), Claúdia de Giuli (PMB) e presidida pela vereadora Karina Caroline (PRB). 

Veja o vídeo de parte do interrogatório, com vereador Renato Pupo. 


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