Um comerciante de 44 anos compareceu na Central de Flagrantes na tarde desta terça-feira, 24, para denunciar um caso de intolerância religiosa.
Dono de um canil especializado na criação de cães das raças shih-tzu, buldogue francês e spitz alemão, ele explicou que era cliente antigo de um pet shop localizado no bairro Boa Vista.
Nesta segunda-feira, ao tentar agendar por WhatsApp um serviço de banho e tosa para dois cães, uma das responsáveis pelo pet shop respondeu que não estava trabalhando e orientou o cliente a procurar outro estabelecimento.
Estranhando a situação, o homem insistiu e perguntou se havia feito algo de errado ou se tinha deixado de pagar por algum serviço, ao que a mulher respondeu que o motivo da recusa era a religião do cliente.
Segundo trecho do boletim de ocorrência, ele respondeu “Minha religião não afetou você, nunca te fiz nada, por isso, não entendo”. Então a mulher finalizou: “Mas vocês freqüentam Pai Aruana”.
A comerciante se referia a Tenda Pai João de Aruanda, uma casa religiosa que professa a fé na Umbanda.
Por se sentir ofendido, o homem decidiu registrar boletim de ocorrência e apresentou cópias impressas da conversa como prova da intolerância sofrida.
O caso foi registrado como “praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de religião”, que prevê pena de reclusão de um a três anos.
