Trinta por cento dos animais encaminhados para o Zoológico Municipal de São José do Rio Preto, neste ano, foram vítimas do tráfico. No total, 706 animais nativos e exóticos foram recebidos, tratados e, em alguns casos, devolvidos à natureza.
Nesta terça-feira (22), a equipe de biólogos e veterinários recebeu mais 24, entre serpentes, lagartos, ouriços e aranhas, que eram mantidos em cativeiro e foram apreendidos pela Polícia Ambiental em uma casa do bairro Vila Talma, em Jales. O resgate aconteceu durante operação "Jequitibá". O "proprietário" foi multado R$ 12,2 mil e vai responder por crime ambiental.
Após a apreensão, os animais foram encaminhados a Rio Preto. O biólogo Samuel Villanova disse que eles estavam bem e que não apresentavam indícios de maus tratos. Entre os bichos, havia ouriço albino, espécie rara e quatro corn snakes, serpente nativa dos Estados Unidos e um dos animais mais traficados no Brasil.
Sobre o destino dos animais, o biólogo explicou que depende da capacidade do Zoológico a permanência no local. No caso das jiboias, por serem nativas, a equipe avalia a possibilidade de soltura: "Depende da nossa capacidade de absorver esses animais. Analisamos o comportamento desses animais que são trazidos para cá e vemos se existe a possibilidade de serem reintegrados à natureza. Alguns sim, outros podem não conseguir mais sobreviver".
Atualmente, o Zoológico de Rio Preto tem 233 animais de 87 espécies.