A motorista que atropelou e matou um guincheiro na madrugada do dia 15 de janeiro na rodovia Washington Luis saiu da cadeia nesta terça-feira, 24. Na verdade ela permaneceu presa por nove dias devido a um erro no cartório da Justiça, que incluiu nas folhas do processo antecedentes criminais que não eram dela.
No mesmo dia do acidente, o advogado de Valdira de Melo, Antônio José Giannini, ingressou com pedido de liberdade provisória, que foi negado pelo juiz de plantão Evandro Pelarin. Com base na suposta extensa ficha criminal da motorista, o magistrado ainda pediu a prisão preventiva dela.
Foi o advogado quem percebeu o equívoco e pediu revisão da decisão. (Ouça a entrevista)
Apesar da liberdade provisória, Valdira será submetida a uma série de restrições. Ela está proibida de dirigir, de ingerir bebida alcoólica e de sair a noite, por exemplo. Uma vez por mês deve ir ao Fórum para comprovar que está trabalhando e que não deixou a cidade.
A liberdade provisória é concedida a pessoas que não registram antecedentes criminais, que tem emprego e residência fixa e que, soltos, não oferecem risco à sociedade ou ao processo.
No dia do acidente, a auxiliar de farmácia Valdira de Melo tinha ido a uma festa numa chácara. Ao sair do local por volta das 4 horas da manhã, ela tentou acessar a rodovia Washington Luís, mas desviou de uma moto na pista e acabou subindo a rampa de um guicho estacionado no acostamento. Em cima do veículo estava Everton Silvio Marqueto, que foi atingido em cheio em morreu na hora.
Apesar de ter capotado o carro, Valdira sofreu ferimentos leves e foi presa após soprar o bafômetro, que acusou a ingestão de álcool.
De Rio Preto, Joseane Teixeira.