imagem

Terça-Feira, 01 de Maio de 2018 às 11:44

Bandidos furtam empresa pela segunda vez e deixam pedido de desculpas

"Desculpe pela bagunça, mas fome, a miséria e o desemprego atingiu a todos". O prejuízo estimado é de R$ 10 mil.

thumbnail

Bandidos invadiram uma empresa metalúrgica na zona norte de Rio Preto durante a madrugada desta segunda-feira, 30, reviraram todo o escritório e, antes de fugir levando mais de 200 secadores de cabelo, computadores e tablet, deixaram um pedido de perdão na parede:

"Desculpe pela bagunça, mas a fome, a miséria e o desemprego atingiu a todos. Me perdoe, em nome de Jesus".

O empresário Wilson Rodrigues da Silva, de 58 anos, entendeu o recado como uma chacota. É a segunda vez que a empresa dele é furtada em menos de cinco meses.


"Os ladrões levam tudo o que é meu e ainda querem ser politizados. É muito triste batalhar tanto para manter uma empresa pequena, com tantos encargos e taxas e, em questão de minutos, ver tudo devastado dessa forma", lamentou.

O portão de quatro metros de altura não impediu a ação. Para entrar na metalúrgica, os criminosos arrombaram um cadeado e uma porta de aço. No escritório o cenário era de completa bagunça. Caixas e gavetas foram reviradas e tudo foi jogado para o chão. O empresário acredita que o furto foi praticado por mais de uma pessoa, e com auxílio de um veículo, porque seria impossível carregar todos os objetos sozinho.

Os 200 secadores de cabelo Wilson comprou em lote, num leilão, para revender.

O computador armazenava a movimentação financeira da empresa. 

Foram levadas também uma caixa de ferramentas e uma lixadeira, além de dois talões de cheque.

Ainda nesta segunda-feira, quando o empresário foi ao banco Itaú para sustar os cheques, se deparou com um homem tentando trocar, na boca do caixa, uma folha preenchida com assinatura falsa no valor de R$ 469. A Polícia Militar foi chamada e ele explicou que estava fazendo um favor para um amigo, que é dono de um bar no bairro Andorinhas. Uma viatura seguiu para o endereço mencionado e o comerciante disse que aceitou o cheque como parte do pagamento de um veículo. 

Ele 'entregou' quem lhe pagou com o cheque, mas o suspeito não foi encontrado em seu endereço e será investigado por participação no furto.


O empresário Wilson reclama da falta de policiamento.

"Pelo menos três ou quatro vizinhos meus também tiveram a empresa invadida. A Polícia Militar deveria levar em consideração a incidência de crimes no mesmo local e reforçar o patrulhamento".

Não há câmeras na empresa. O prejuízo estimado com esse furto é de R$ 10 mil.

imagem