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Terça-Feira, 18 de Julho de 2017 às 21:48

Assalto a joalheria levanta debate sobre o perigo das informações falsas

Morador de Rio Preto foi acusado de integrar quadrilha e teve a imagem divulgada centenas de vezes pelas redes sociais. "Tive medo de ser morto ou preso injustamente"

Duração: 04:08

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O assalto a joalheria Constantini, ocorrido no último sábado, não só chocou a cidade pela violência empregada pelos assaltantes como abriu debate para uma questão importante e atual: a divulgação de informações falsas pelo Facebook.

O tatuador Andrew César, de 29 anos, que é de Rio Preto, teve a foto divulgada maciçamente pelas redes sociais como sendo um dos integrantes da quadrilha que invadiu o estabelecimento e atirou em três pessoas - uma delas morreu. A denúncia ganhou ainda mais repercussão porque foi feita por uma fanpage local que conta com mais de 100 mil seguidores.

Em questão de minutos a vida de Andrew se transformou num pesadelo.

"Comecei a receber ameaças. A polícia invadiu a minha casa e revirou tudo. Fui levado para a delegacia e só lá ficou comprovado que não tive participação no assalto, ainda assim minha imagem continuou circulando pelo Facebook e grupos de whatsapp", disse.

No mesmo dia do assalto Andrew fez uma postagem no Facebook alertando para o equívoco. Quase 500 internautas se solidarizaram e compartilharam a mensagem. Ainda assim ele teve medo de ser vítima de vingança.

A reportagem entrevistou o delegado Higor Jorge, especializado em crimes cibernéticos, que comentou as consequências jurídicas de publicações acusatórias.

♪ Ouça a entrevista 



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