A
equipe não começou muito bem, mas melhorou e teve chance até de vencer no Rio
de Janeiro na 6ª rodada do Brasileiro Série D. Esse é o resumo da análise do
técnico Eduardo Baptista do Mirassol em relação ao empate por 1 a 1 contra a
Portuguesa fora de casa na última quarta-feira (14). O comandante falou em
entrevista coletiva virtual no CT do clube e comentou que foram dois tempos
distintos.
“Nós tivemos nos primeiros 25 minutos superioridade da Portuguesa. Também mérito da equipe deles e nós entramos esperando as coisas acontecerem. Entramos sem a intensidade que temos treinado e cobrado dos atletas. Mas com 20 minutos conseguirmos corrigir e retomamos o jogo. Infelizmente tomamos um gol no final do primeiro tempo e aí nós precisamos mexer no intervalo e as coisas foram diferentes no segundo tempo”, disse.
Ele
elogiou também o trabalho do adversário. “Foi uma partida difícil. E quando a
gente fala de uma partida tem um adversário do lado. Tem um treinador que estuda
a nossa equipe, tem jogadores que querem demonstrar. Então é natural algum
momento do jogo que você esteja em inferioridade. Como eu disse na coletiva
após o jogo contra a Ferroviária, é importante que você entenda isso, entenda
que o adversário está num momento melhor. Você primeiro tem que se reorganizar
atrás, tem que marcar melhor para depois sair e tentar retomar o espaço. É esse
equilíbrio que disse na coletiva passada”, salientou.
“Acho
que passou muito por isso. A Portuguesa começou muito bem, numa intensidade
muito grande, nós entramos desatentos. Mas, aos poucos, a gente foi conseguindo
corrigir. Nesse momento que a Portuguesa estava melhor no jogo a gente se
defendeu bem, esteve junto e não deixou a Portuguesa abrir o placar. E
no segundo tempo com as correções, com os jogadores mais 'inteiros' entrando as
coisas voltaram para as nossas mãos e nós também perdemos a chance de sair com
a vitória”, constatou Eduardo Baptista.
OSCILAÇÃO
O
Mirassol tem jogado melhor em casa do que fora. “Olha, eu já falei antes. É um
time em formação ainda. Acho que a gente teve em todos esses jogos fora de casa
uma boa parte do tempo o domínio, chance de definir o jogo. Faz parte da maturidade
da equipe, de ser mais decisiva, de ser mais aguda. Temos enfrentado alguns
campos muito diferentes do que a gente treina e joga. Isso leva uma adaptação. Nesse
jogo principalmente o campo era extremamente pesado e demoramos um pouco a
entender isso e o nosso jogo se tornou lento e aí as dificuldades. Nós temos
que nos acostumar. É uma competição que está chegando à metade e nós estamos
amadurecendo para que a gente possa chegar bem no final”.
REFORÇOS
Apesar
de não especificar nem posição nem setor, o técnico garante que o elenco não
está fechado. “É uma equipe em formação e a gente busca peças pontuais, Não vou
ficar apontando qual posição, mas a gente está de olho. Até porque nós temos um
elenco que está se qualificando e não é tão fácil a reposição, o reforço desse
elenco. Então a gente tem trabalhado. É como eu disse, é uma reconstrução.
Estou aqui há 30 dias. Daquela equipe que enfrentou o São Paulo nós estamos com
um ou dois jogadores. Se troca todo o elenco. Você tem que remontar todo o
elenco e a gente está atento a tudo isso. Na remontagem, de aproveitar melhor
os atletas que estão aqui também, buscar um melhor posicionamento de cada um
para que a gente possa montar um time forte”, encerrou Eduardo Baptista.
CLASSIFICAÇÃO
Na
tabela do grupo A-7 da 4ª divisão nacional, o Bangu lidera com 12 pontos; a
Ferroviária é a segunda colocada com 11 e o Mirassol está em terceiro com 9.
Mas traz com ele outros três clubes também com nove pontos: Cascavel, Portuguesa
e Cabofriense (nessa ordem, pelo saldo de gols). O sétimo colocado é o Nacional
com 3 e o lanterninha segue sendo o Toledo, agora com 1 ponto.
RODADA
Na
sétima rodada (encerramento do primeiro turno) o Mirassol volta a jogar em
casa. Neste sábado, às 19h, recebe o Nacional do Paraná no estádio José Maria
de Campos Maia, o 'Maião' em Mirassol.