A juíza da 5ª Vara Criminal de Rio Preto, Gláucia Véspoli dos Santos, condenou 32 pessoas por associação ao tráfico de drogas e organização criminosa. As penas somadas chegam a 400 anos de prisão, em regime inicial fechado.
A sentença foi proferida com base em investigações e denúncias feitas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado durante a a Operação Octopus, deflagrada em setembro de 2018 em conjunto com a Polícia Militar (CPI-5). A Operação Octopus identificou 33 pessoas, entre mulheres e homens, que ocupavam posições de destaque na estrutura da organização criminosa na região de Rio Preto. Houve identificação da logística de distribuição de grandes quantidade de droga, assim como de fontes de financiamento da organização criminosa e de seus responsáveis, impedindo a continuidade da obtenção de lucros.
Também foi identificado a existência de réus com poder de decisão, responsáveis pela realização de "tribunais do crime", prática criminosa destinada ao "julgamento" e homicídio de pessoas sequestradas pelos integrantes da organização. A identidade dos envolvidos não foi divulgada porque o processo corre em segredo de Justiça.
No decorrer das investigações houve apreensão de centenas de quilos de drogas, além de armas e milhares de reais e identificação da prática de diversos crimes graves (roubos, tráfico de drogas e homicídios) pelos integrantes da organização criminosa. Tais condutas são objeto de apuração em procedimentos apartados. As investigações resultaram em dois processos, ambos perante a 5ª Vara Criminal de Rio Preto. As sentenças condenatórias são em primeira instância, por isso cabe recurso.